
O Conselho de Museologia 2ª. Região apresenta aqui a linha do tempo online “Ensino e Profissionalização da Museologia no Rio de Janeiro e Minas Gerais” com os principais marcos da história do ensino da Museologia na sua região (RJ, MG e ES), desde o primeiro curso criado no Museu Histórico Nacional, em 1932, incorporado na década de 1970 à Universidade do Rio de Janeiro (atual Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO), até à criação, mais recentemente, dos cursos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Nosso objetivo com esse registro é contribuir para o estudo e a reflexão sobre o ensino e profissionalização da Museologia no Brasil, bem como divulgar sua história para um público ainda mais amplo.
1922 – É Criado o Museu Histórico Nacional. Em seu projeto de criação, constava a idealização de um Curso Técnico de Museus.
No Brasil, a ideia de um curso para a formação de profissionais em museus – bastante inovadora para a época – remonta à criação do Museu Histórico Nacional (MHN), implantado por Gustavo Barroso (1888-1959), em 1922, inspirado no modelo tradicional de museu cunhado na Europa. Essa instituição representou um marco, na medida em que funcionou como um laboratório para o desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos para museus no Brasil, particularmente a partir de 1932, com a criação do Curso de Museus em seu seio e os múltiplos diálogos que se intensificaram com as correntes internacionais.


O decreto de criação do MHN, de 1922, previa um curso técnico de dois anos, vinculado a essa instituição, à Biblioteca Nacional e ao Arquivo Nacional. Apesar deste primeiro projeto de curso não ter sido implantado, ele seria o mais antigo antecedente de um curso para formação de profissionais de museus no Brasil.
Imagem: Museu Histórico Nacional – década de 1920.
1932 – A ideia de Gustavo Barroso é concretizada. É inaugurado o Curso de Museus na Gestão de Rodolfo Garcia no Museu Histórico Nacional.
O Curso de Museus foi criado pelo Decreto nº. 21.129, de 7 de março de 1932, destinado ao ensino das matérias que interessavam ao MHN. A finalidade do Curso de Museus compartilhava da mesma proposta do Curso Técnico de 1922: o aproveitamento de seus egressos na carreira de Oficial do próprio museu, formando internamente a mão-de-obra necessária aos serviços especializados. As disciplinas escolhidas para fazerem parte do currículo também estavam presentes no Curso Técnico pensado anteriormente, com exceção da “Técnica de Museus”, que foi ministrada a partir de 1933. Sobre esta disciplina, ministrada inicialmente por Gustavo Barroso, pouco se sabe de seu conteúdo nos primeiros anos do seu ensino. O conjunto dos temas abordados ao longo dos anos foi condensado no livro “Introdução à Técnica de Museus”, lançado em 1959, configurando-se nos primeiros estudos sobre Museologia em contexto de formação profissional no Brasil.
Imagem: Jornal “Diário da Noite”, de 03 de maio de 1932, sobre a inauguração do Curso de Museus.


1933 – Primeira Turma de Formandos.
Adolpho Dumans
Alfredo Solano de Barros
Guy José Paulo de Hollanda
Luiz Marques Poliano
Maria José Paulo de Hollanda
Luiz Marques Poliano
Maria José Motta e Albuquerque
Maria Luiza Lage
Paulo Olintho de Oliveira
Raphael Martins Ferreira
Imagem: Formatura de 1933.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
1939/1940 – Primeiro Concurso para Conservadores de Museus.
Em 1939, o Departamento Administrativo de Serviço Público (DASP) realiza o primeiro concurso para Conservador de Museus, classificando os ex-alunos do Curso de Museus, Adolpho Dumans, Elza Peixoto Ramos, Luiz Marques Poliano, Lygia Martins Costa, Maria Barreto, Nair de Moraes Carvalho, Octávia Corrêa de Oliveira, Regina Liberalli, Regina Real e Yolanda Portugal. É então implantada, no país, a carreira de Conservador de Museus, vinculada ao Ministério da Educação e Saúde, esta inspirada diretamente na tradição francesa – carreira a que se tinha acesso por meio de concurso público.
Imagem: Concurso para Conservador de Museus, 1940.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


1940 – Cresce o número de alunas mulheres matriculadas. A partir deste momento, a Museologia já se configura como carreira majoritariamente feminina.
Matriculados em 1937 – 9 (Masculino) / 4 (Feminino)
Matriculados em 1938 – 22 (Masculino) / 6 (Feminino)
Matriculados em 1939 – 11 (Masculino) / 18 (Feminino)
Matriculados em 1940 – 18 (Masculino) / 51 (Feminino)
Matriculados em 1941 – 15 (Masculino) / 63 (Feminino)
Matriculados em 1942 – 15 (Masculino) / 52 (Feminino)
Matriculados em 1943 – 16 (Masculino) / 45 (Feminino)
Imagem: Formatura de 1943.
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1944 – Primeira Grande Reforma Curricular no Curso de Museus: Oficializou alunos bolsistas / Primeiras Excursões / Divisão de formação entre Museus Artísticos e Históricos.
Essa Reforma estruturou o Curso em duas seções: Museus Históricos e Museus Artísticos ou de “Belas Artes”. O Curso começava, então, a ser preparado por Barroso para a sua futura entrada na universidade, tendo a sua duração ampliada de dois para três anos e uma seleção por meio de vestibular. Com a criação do cargo de Coordenador do Curso de Museus, diretamente subordinado ao diretor do MHN, o curso passa a ter uma administração própria. A professora Nair de Moraes Carvalho torna-se a primeira coordenadora, função que manteve por 23 anos, até 1967.
Imagem: Formatura de 1944.
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1948 – Criação do Comitê Nacional do ICOM no Brasil.
No ano de 1948, dois anos após a criação do Conselho Internacional de Museus – ICOM, é criado o Comitê Nacional do ICOM no Brasil com o nome primitivo de Organização Nacional do ICOM (ONICOM). Entre os seus fundadores estavam Regina Real e Lygia Martins Costa entre outros profissionais formados pelo Curso de Museus do Rio de Janeiro. Gustavo Barroso, então diretor e professor do Curso de Museus, seria o primeiro vice-presidente do ICOM Brasil.
1951: O Curso obtém Mandato Universitário pela Universidade do Brasil, alcançando nível de Curso Superior. O Reitor, que na época era Pedro Calmon, fora um dos professores pioneiros do Curso de Museus.
Por meio de um convênio firmado em 12 de julho de 1951 entre o Museu Histórico Nacional e a Universidade do Brasil – mais tarde Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Gustavo Barroso obteve um Mandato Universitário para o Curso. Pedro Calmon, um dos professores fundadores do Curso, era então reitor da Universidade do Brasil. Nesse momento, o Curso de Museus alcança o nível de curso superior, mas ainda se mantinha atrelado institucional e financeiramente ao MHN. Os diplomas e certificados, entretanto, antes registrados na Diretoria do Ensino Superior, passam a ser emitidos pela Universidade do Brasil.
Imagem: Termo de Acordo entre o MHN e a Universidade do Brasil..
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1956 – I Congresso Nacional de Museus.
A partir de 1956, o Comitê Brasileiro do ICOM (criado em 1948, dois anos após a criação do Conselho Internacional de Museus – ICOM), por meio de uma iniciativa de Rodrigo de Melo Franco de Andrade (1898-1969), então Presidente do Comitê, cria o Congresso Nacional de Museus – evento organizado no mesmo ano da conferência do ICOM, seguindo as temáticas propostas pelo Conselho Internacional, então discutidas no contexto brasileiro. Desde este momento, ganhavam ênfase temas que privilegiavam a educação em museus ou o papel social das instituições, que despertavam o interesse da maioria dos profissionais de museus brasileiros. Foi também nos Congressos Nacionais de Museus que tomou força a discussão sobre profissionalização e regulamentação da Museologia como carreira profissional autônoma.
Imagem: Congresso Nacional de Museus – Ouro Preto, 1956.
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1963 – Criação da Associação Brasileira de Museologistas (ABM).
Em 5 de novembro de 1963 foi criada no país a Associação Brasileira de Museologistas (ABM), com a finalidade de congregar os técnicos e cientistas dos museus e seus auxiliares, bem como as pessoas em geral interessadas nos problemas museológicos; zelar pela defesa dos direitos e interesses dos que trabalham em museus e instituições afins; incentivar o intercâmbio cultural e científico dos museus, promover cursos, conferências e difundir os conhecimentos museológicos através de publicações. Foi a primeira entidade de profissionais de museus brasileira e teve entre os fundadores, em sua maioria, egressos do Curso de Museus do MHN. Nesse mesmo ano também foi apresentado na Câmara dos Deputados, pelo deputado federal Muniz Falcão, o projeto de regulamentação da profissão de museólogo e conservador de museus, encaminhado por Antônio Pimentel Winz, egresso do Curso de Museus, em 1962.
Imagem: Reunião de Criação da ABM .
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1967 – Segunda Grande Reforma Curricular do Curso de Museus: Reorganização de currículo / Modificações na estrutura administrativa / Institucionalização do Estágio.
Imagem: Formatura de 1967.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
1969 – Criação do Centro de Estudos Museológicos, futuro Diretório Acadêmico de Museologia.
Imagem: Criação do Centro de Estudos Museológicos, 1969 .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


1970 – Anteprojeto para a Criação de uma Escola Superior de Museologia.
Em 1968, o então diretor do MHN, Léo Fonseca e Silva, empenhou-se em mudar a denominação do Curso de Museus para Faculdade de Museologia, tendo encaminhado esta proposta à Câmara de Planejamento do Conselho Federal de Educação. A Câmara pronunciou-se contrária ao projeto de mudança de nome, justificando a necessidade de o curso estar vinculado a uma universidade, e não a uma instituição cultural. É, então, providenciado, pelo próprio Fonseca e Silva, o anteprojeto de uma Escola Superior de Museologia, apresentado em 1970 ao Conselho Federativo da recém-criada Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado da Guanabara (FEFIEG). Como observa Sá, Apesar de o projeto não ter sido concretizado neste momento, informalmente, o Curso de Museus assumiu esta nova denominação que aparece nas carteirinhas estudantis e em outros documentos da época.
Imagem: Reportagem sobre a posse de Léo Fonseca e Silva no MHN – Jornal O Globo, 1967.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
1973 – Adotado o sistema de créditos e convênio com a CESGRANRIO define uma nova norma de seleção para os candidatos: o Sistema Único de Vestibular.
Imagem: Formatura de 1973 .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


1974 – Primeiro Regimento do Curso de Museus aprovado pelo MEC e sua duração passa a ser de 4 anos.
Em 6 de dezembro de 1974, o Conselho Federal de Educação aprovou um novo Regimento do Curso de Museus, homologado pelo Ministro da Educação e Cultura em 29 de janeiro de 1975. Este Regimento apresentava uma concepção mais ampla e engajada dos museus, priorizando a formação em Museologia. Segundo os novos objetivos do Curso, este buscava:
- formar profissionais e especialistas de Museologia;
- realizar, desenvolver e incentivar a pesquisa no campo da Museologia;
- aprimorar os processos, métodos e técnicas relativas aos problemas de Museus, e divulgar seus resultados;
- contribuir, pelos meios ao seu alcance, inclusive em articulação com entidades nacionais e internacionais, para o estudo dos problemas da Museologia, tendo em vista a dinâmica do desenvolvimento do país;
- estender o ensino e a pesquisa à comunidade, mediante cursos ou serviços especiais […].
Como consequência, a antiga divisão em habilitações de Museus Históricos e Museus Artísticos é suprimida e o curso passa a oferecer uma formação integrada, envolvendo estágios, organização de exposições como partes obrigatórias do novo currículo, bem como uma perspectiva mais conceitual do estudo de museus que se refletiu nas novas denominações das disciplinas.
Imagem: Formatura de 1974.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


1975 – Criado o Curso de Museologia na Faculdade de Arqueologia e Museologia “Marechal Rondon” – FAMARO e primeiras exposições curriculares são desenvolvidas no Curso de Museus do MHN.
Em 1975, foi aprovado e criado um novo curso de Museologia na Faculdade de Arqueologia e Museologia “Marechal Rondon” – FAMARO.
No Curso de Museus do MHN, as primeiras exposições curriculares com participação dos alunos são desenvolvidas.
1977 – O Curso de Museus do MHN é incorporado à FEFIERJ e passa a se chamar “Curso de Museologia”.
Em maio de 1977, na gestão de Diógenes Vianna Guerra (1977-1985), o Curso de Museus do MHN é incorporado à Federação das Escolas Federais Isoladas do Rio de Janeiro (FEFIERJ). Essa mudança era um reflexo do crescimento e amadurecimento do curso e da própria noção de Museologia no país. Com a mudança do Curso do MHN à FEFIERJ, este tem o seu nome oficialmente alterado para “Curso de Museologia”, mesmo que já fosse denominado assim na sua documentação interna e nas carteirinhas dos estudantes desde o final dos anos 1960.
Imagem: Convite de Formatura da turma de 1978.
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


1978 – Curso de Museologia na Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá.
Transferida a Faculdade de Arqueologia e Museologia “Marechal Rondon” – FAMARO para a Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá – SEDES, curso que, no nível de uma instituição privada, também formou profissionais para atuar em museus até o início da década de 1990.
1979 – A Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro – FEFIERJ se transforma em UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
O Curso de Museologia é transferido para o Prédio do Centro de Ciências Humanas (CCH) – UNIRIO, à Rua Xavier Sigaud, na Urca.
Imagem: Logo da UNIRIO.


1981/1982 – É criado o Laboratório de Desenvolvimento de Exposições – LADEX na UNIRIO.
O Laboratório de Desenvolvimento de Exposições – LADEX foi criado no contexto de reorganização e criação de disciplinas de Museografia e Museologia. Desde 1978 as exposições curriculares foram implantadas com regularidade pela Prof.ª Tereza Scheiner, que, juntamente com as professoras Celma Thereza Franco e Maria de Lourdes Naylor Rocha, cria o LADEX como espaço destinado à aprendizagem prática de alunos do Curso de Museologia em planejamento e desenvolvimento de exposições.
Imagem: Exposição feita pelos alunos do curso na década de 1980 .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
1984 – Promulgada a Lei de Regulamentação da profissão de museólogo.
Em 18 de dezembro de 1984, é promulgada a Lei n.º 7.287/1984, regulamentando a profissão de museólogo no Brasil. Por este mesmo dispositivo legal foi autorizada a criação do Conselho Federal de Museologia – COFEM e dos Conselhos Regionais de Museologia – COREMs, como órgãos de fiscalização e regulação das atividades profissionais de Museologia. A promulgação da Lei 7.287/1984 ocorreu 22 anos após a primeira proposta de regulamentação profissional encaminhada ao Congresso Nacional por Antonio Pimentel Winz em 1962. Nos anos de 1964, 1968, 1969, 1974, 1979, outras propostas de regulamentação da profissão de museólogo foram consecutivamente enviadas pela ABM ao Congresso Nacional e ao Ministério do Trabalho e da Educação. A proposta de 1979, elaborada por uma comissão formada por Therezinha de Moraes Sarmento, Marilia Duarte Nunes e Neusa Fernandes, sob coordenação de Arnaldo Machado (Presidente da ABM) foi a proposta que logrou êxito.


1985 – Recriado, na UNIRIO, o Departamento de Estudos e Processos Museológicos (DEPM).
Dentro do processo de departamentalização, é recriado o DEPM, com base no primitivo Departamento de 1966, ainda no Museu Histórico Nacional.
1986 – Tomam posse os primeiros Conselheiros do Conselho Federal de Museologia – COFEM e dos Conselhos Regionais de Museologia – COREMs.
Em 13 de janeiro de 1986, tomam posse os primeiros Conselheiros do COFEM e dos COREMs, iniciando-se o registro e fiscalização de profissionais museólogos no Brasil.
Imagem: Logo do COREM 2R.


1987 – Criação do Núcleo de Preservação e Conservação de Bens Culturais (NUPRECON) – primeiro laboratório específico de Conservação Preventiva criado no Brasil. Foi criado pela Prof.ª Violeta Cheniaux, responsável por implementar o ensino regular pioneiro de conservação de bens culturais em nível universitário no Brasil.
Imagem: Professora Violeta Cheniaux no NUPRECON .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
1991 – Criação da Escola de Museologia na UNIRIO.
Imagem: Prédio do CCH – UNIRIO.


1992 – É aprovado e lançado o Código de Ética do Profissional Museólogo pelo Conselho Federal de Museologia – COFEM, durante sua sessão ocorrida em 23/12/1992.
O documento estabeleceu os princípios e normas básicos pelos quais os profissionais museólogos deveriam pautar sua atuação, indicando normas de conduta e regulando suas relações com a classe, os poderes públicos, a sociedade e o público em particular. Dividido em 5 eixos principais, estabeleceu deveres e proibições fundamentais para os profissionais; deveres e posicionamento ético em relação aos colegas de classe; deveres éticos frente ao patrimônio cultural e ambiental; deveres éticos em relação ao público; e definiu as infrações disciplinares e penalidades aplicáveis ao profissional que não observar os princípios éticos estabelecidos. A aprovação do Código de Ética foi um importante marco no sentido de garantir a qualidade e as boas práticas do profissional museólogo na prestação de serviços à sociedade brasileira.
1996 – Desativado o Curso de Museologia na Faculdade Estácio de Sá. Os alunos são absorvidos pela UNIRIO. Uma nova reforma curricular é implementada no Curso de Museologia da UNIRIO.
É implantada uma nova matriz curricular instaurada para sintonizar o Curso de Museologia com uma visão holística do patrimônio cultural e natural, enfatizando a interface com diversas áreas do conhecimento. O curso, então, passou a incorporar desde disciplinas das ciências naturais até outras ligadas à área das ciências humanas como a filosofia e a antropologia, ou às ciências sociais aplicadas como a ciência da informação.
Imagem: Formatura de 1996 .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


2001 – Criação de um novo Currículo Mínimo para os cursos de Museologia do Brasil.
Em 2001, o Ministério da Educação cria um novo currículo mínimo para os cursos de Museologia do país, influenciado em grande parte pela estrutura do curso da UNIRIO.
2004 – I ENEMU, Encontro Nacional de Estudantes de Museologia, Salvador – BA.
Organizado por alunos da UNIRIO em parceria com os alunos da Universidade Federal da Bahia – UFBA. Foi realizado de 13 a 17 de dezembro de 2004, constituindo-se no primeiro movimento de caráter estudantil com amplitude nacional.
Imagem: Estudantes da UNIRIO no I ENEMU .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


2004 – Criada a Medalha do Mérito Museológico pelo Conselho Federal de Museologia – COFEM, como forma de homenagear e reconhecer publicamente o trabalho daqueles profissionais que desempenharam atuação relevante no campo profissional.
O desenho da Medalha do Mérito Museológico coube à museóloga Regina Elisa Miranda Lago Bibiani (COREM 2R 0102-I ) professora da disciplina de Numismática da Escola de Museologia da UNIRIO. A medalha contém uma série de elementos que simbolizam os museus e a história do pensamento museológico. Possui formato circular com bordo recortado em doze facetas onduladas em metal dourado, representando os fustes de colunas dóricas aplicadas em templos de saber. No anverso, o campo esmaltado em azul real (representando as ciências humanas) e bordadura em branco contendo as legendas em letras douradas. Ao centro, a cabeça de perfil da deusa grega Palas Athenéia, simbolizando a sabedoria e a atividade intelectual desempenhada pelos museólogos. A efígie é ladeada por dois ramos de palmas, símbolo universal da vitória e encimada pela data do Dia do Museólogo. No reverso, o campo esmaltado em azul real possui ao centro uma lucerna em esmalte branco simbolizando o saber científico, da qual partem fio duplo em metal dourado formando oito laços estilizados. A medalha é suspensa por um aro semicircular encimado por dois ramos de folha de oliveira entrelaçados, simbolizando a força espiritual, o conhecimento e a paz. A fita, de gorgurão azul real é presa por uma haste interna
Imagem: Desenhos do anverso e reverso da Medalha do Mérito Museológico.
2005 – Criado o Núcleo de Memória da Museologia no Brasil, na UNIRIO.
Imagem: Dulce Ludolf, Nair de Moraes Carvalho, Ecyla Castanheira Brandão, Mariettinha Leão de Aquinho e Nilza Carauta na apresentação no NUMMUS .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


2006 – Criado o primeiro mestrado em Museologia do Brasil e da América do Sul – PPG-PMUS, na UNIRIO.
O PPG-PMUS dedica-se à análise dos processos de inserção da Museologia e do Patrimônio nas redes nacionais, regionais e mundiais de produção simbólica e cultural, especialmente na América Latina e no Caribe. Busca, ainda, desenvolver interfaces críticas com as políticas e diretrizes de ação educativa, cultural e de desenvolvimento – especialmente aquelas diretamente vinculadas ao seu campo de atuação. Seu objetivo maior é constituir-se em instrumento de compreensão e de integração entre os diferentes grupos sociais e seus ambientes, através de uma ação reflexiva sobre o uso ético dos museus e do patrimônio integral. Para tanto, estimula estudos e pesquisas que visem o aprimoramento da consciência ambiental e patrimonial, tendo em vista o desenvolvimento sustentável e o aproveitamento turístico do patrimônio. O Programa baseia-se numa filosofia de ação patrimonial que se constrói como projeto coletivo e onde a Museologia assume seu verdadeiro papel enquanto sistema integrado de reflexão/ação, a serviço das sociedades.
Imagem: Aula inaugural do PPG-PMUS, ministrada pela Prof.ª Alissandra Cummins, então Presidente do ICOM, 2006.
Coleção Prof.ª Tereza Scheiner.
2006 – II ENEMU – Encontro Nacional de Estudantes de Museologia, Ouro Preto – MG.
Imagem: Alunos do Curso de Museologia com o Ministro Gilberto Gil no II ENEMU .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.


2006 – Entrega da Medalha de Honra ao Mérito Cultural à Escola de Museologia da UNIRIO. Uma nova reformulação curricular começa a ser realizada.
O projeto de reformulação curricular do Curso de Museologia, que começa a ser desenvolvido em 2006, é aprovado em 2007 e implantado em 2008, apresentando o objetivo de tornar o curso compatível com as políticas de currículo propostas pelo Ministério da Educação desde 1997 e com as Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas em 2001. Desde 1997, quando a última reformulação havia sido implantada, doze turmas de bacharéis em Museologia haviam se formado, e passados quase dez anos da implantação do currículo anterior, julgou-se necessário uma avaliação e reformulação atendendo às novas diretrizes.
Imagem: Prof.ª Nair de Moraes Carvalho, decana do Curso de Museologia , recebendo das mãos do Presidente da República a Medalha de Honra ao Mérito Cultural .
Coleção Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/UNIRIO.
2008 – Por meio da Portaria nº 120 de 27 de março, é criado o Colegiado Especial do Curso de Museologia da UFOP, modalidade Bacharelado. A Escola de Ciência da Informação da UFMG nomeia a Comissão de Planejamento e Desenvolvimento do Projeto Pedagógico do seu Curso de Museologia.
O Colegiado da UFOP – composto pela professora e museóloga Yara Mattos (na época, atuante no Departamento de Turismo), professor Antônio Luciano Gandini (então diretor do Museu de Ciência e Técnica – MCT/EM) e pelo coordenador do Setor de Astronomia do referido museu, professor Gilson Antônio Nunes – foi formado para elaborar o projeto político pedagógico do Curso de Museologia da UFOP. O projeto foi encaminhado à Pró-Reitoria de Graduação, no dia 5 de maio de 2008, para ser submetido ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, considerando a necessidade de implantação de novos cursos integrantes do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI.


2008 – Pela Resolução CEPE Nº 3356, de 19 de junho, é criado o Curso de Museologia da UFOP, por meio da aprovação de seu Projeto Pedagógico. De 18 a 22 de agosto, inicia-se o Curso de Museologia da UFOP, nas dependências da Escola de Farmácia.
Uma série de fatores contribuiu para a implantação do Curso de Museologia da UFOP. O primeiro, atribuído ao constante contato da equipe coordenadora do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas da UFOP (MCT) com a administração central da universidade, pela crescente visibilidade que o museu foi galgando dentro da instituição. O segundo, atribuído à criação do Sistema de Museus de Ouro Preto (SIMOP), a partir da construção coletiva dos gestores dos museus da cidade. As ações integradas destes museus e a Política Nacional de Museus (PNM), criada em 2003 pelo Ministério da Cultura, aumentaram consideravelmente a importância do setor na área da cultura, contribuindo para o estabelecimento de um ambiente favorável ao surgimento de um Curso de Museologia em Ouro Preto. Além disso, registre-se no ano de 2004, duas ações isoladas que não se efetivaram: a implantação de um Curso de Especialização em Museologia previsto no planejamento do MCT e a aprovação, pela Assembleia do Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Minas, de um Curso de Especialização em Museologia a Distância, demonstrando o interesse da UFOP pela área.
Imagem: Logo da UFOP.
2009 – Pela Portaria n. 215, de 23 de abril de 2009, é criado o Colegiado do Curso de Museologia da UFOP. No mesmo ano, o curso de Museologia da UFMG é autorizado pelo Parecer CG/261/2009, da Câmara de Graduação da UFMG, em 09 de junho.
O primeiro Colegiado do Curso de Museologia da UFOP foi composto pelos professores Gilson Antônio Nunes, Yara Mattos (museóloga), Priscilla Arigoni Coelho (museóloga), José Arnaldo Coelho de Aguiar Lima, André Luiz Lins de Aquino, Marcos de Carvalho, Kirlian Marcel Assis Siquara, Washington Luis Vieira da Silva, e pelos discentes Fidel Afonso de Sousa Santos, Alessandra Maria de Moura Freire e Felipe Eleutério Hoffman. A presidência foi exercida pela Prof.ª Yara Mattos.


2010 – Criação do Curso de Graduação em Museologia – UFMG e do Curso de Museologia noturno da UNIRIO.
Iniciado o curso de Museologia da UFMG, com oferta de 40 vagas e entrada anual, no segundo semestre. Na UNIRIO, uma proposta de alteração da matriz curricular é apresentada e implantada, visando a criação e implantação do Curso de Museologia noturno, com o mesmo currículo do curso integral. Mantendo o mesmo referencial teórico do projeto de 2006, a proposta de 2010 amplia o quadro de disciplinas teóricas com a criação de oito disciplinas optativas, que perpassam temas ligados a relações contemporâneas entre os museus e as sociedades.
Imagem: Logo da UFMG.
2011 – Criação do primeiro Curso de Doutorado em Museologia no Brasil e na América do Sul – PPG-PMUS, na UNIRIO. Pela Portaria n.º 222, de 08 de maio de 2012, é criado o Núcleo Docente Estruturante – NDE do Curso de Museologia da UFOP.
Imagem: Aula inaugural de instalação do Doutorado em Museologia do PPG-PMUS, ministrada pelo Dr. Hans-Martin Hinz, então Presidente do ICOM. Coleção Prof.ª Tereza Scheiner.


2012 – Curso de Museologia da UFOP é reconhecido pelo MEC e forma sua primeira turma.
No período entre 13 a 16 de maio ocorre a visita à UFOP da Comissão de Avaliação dos Cursos de Graduação e Instituições de Ensino Superior/ DAES/INEP, para avaliação in loco do Ato Regulatório Reconhecimento de Curso. O parecer do INEP foi finalizado para publicação, em 27/07/2012, obtendo a nota 04. Em 27 de junho, é lançada a Musear – Revista de Museologia da UFOP, dedicando seu primeiro número ao tema “Museus no Mundo Contemporâneo”. No mês de agosto, ocorre a solenidade de formatura da 1ª turma do Curso de Museologia da UFOP.
Imagem: 1ª turma de formandos em Museologia da UFOP, 2012 .
Coleção Departamento de Museologia – DEMUL/UFOP..
2013 – O Conselho Universitário da UFOP – CUNI, em reunião extraordinária, resolve aprovar a criação da Escola de Direito, Turismo e Museologia – EDTM, reunindo os 3 cursos em uma mesma unidade administrativa. Na UFMG, o Curso de Museologia é avaliado com nota 04 pela Comissão de Avaliação do MEC.


2014 – O curso de Museologia da UFMG é regulamentado pela Portaria n.º 112, de 14 de fevereiro de 2014. Em julho, forma sua primeira turma. Em novembro, o curso sedia o I Seminário Brasileiro de Museologia ( I SEBRAMUS).
2021 – É aprovado e lançado o novo Código de Ética do Profissional Museólogo pelo Conselho Federal de Museologia – COFEM, por meio da Resolução COFEM 63/2021.
Uma revisão foi realizada no Código de Ética de 1992. O novo documento, mais completo, apresenta princípios como ética, responsabilidade, legalidade, liberdade, autonomia e qualidade de trabalho. Também foi incluído capítulo sobre os direitos do profissional e melhor qualificadas as infrações e penalidades. A revisão do Código de Ética do Profissional Museólogo foi conduzida por Grupo de Trabalho comporto por três Conselheiros Federais, um Conselheiro Regional e um museólogo professor de IES de Museologia, lançada após consulta pública entre os profissionais da classe.


ORGANIZAÇÃO
Cláudia Porto
EDIÇÃO
Mariana Silva Santana (1ª Edição – 2015)
Felipe Carvalho ( 2ª Edição, revisão e ampliação – 2022)
PESQUISA
Bruno Brulon
Raquel Villagran
AGRADECIMENTOS
O COREM 2ª. Região agradece a todos os colegas museólogos cujos testemunhos contribuíram com a identificação dos pontos-chave da história da formação e profissionalização da Museologia, e, especificamente, aos Conselheiros Bruno Brulon e Raquel Villagran, pesquisadores e compiladores do trabalho ora publicado. Agradecemos, especialmente:
À UNIRIO
Ao Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS/ Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO;
Ao projeto de pesquisa Recuperação e Preservação da Memória da Museologia no Brasil, coordenado pelo Prof. Dr. Ivan Coelho de Sá;
Ao projeto de pesquisa História da Museologia: o pensamento museológico na estruturação de um campo do saber, coordenado pelo Prof. Dr. Bruno Brulon;
Ao Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio, coordenado pela Prof.ª Dr.ª Tereza Scheiner.
À UFMG
À Prof.ª Dr.ª Letícia Julião e professores do Curso de Museologia – ECI/UFMG.
À UFOP
À Prof.ª Dr.ª Yara Mattos, chefe do Departamento de Museologia da UFOP, e ao Prof. Dr. Gilson Nunes, da Escola de Museologia da UFOP.
BARROSO, Gustavo. Relatório do diretor do Museu Histórico Nacional ao Ministro da Educação e Saúde Pública sobre as atividades de 1934, em 10 de janeiro de 1935. Museu Histórico Nacional, Arquivo Administrativo, Relatórios.
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